O fim da vida como cura?

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A mídia esportiva internacional acompanhou perplexa as notícias acerca da morte do goleiro alemão Robert Enke, de 32 anos. Segundo informou a polícia local, há grande indício de que Enke teria cometido suicídio.

Notícia triste
Mais do que uma notícia triste, a morte de Enke remonta a uma prática constante na sociedade: o suicídio. Crises de caráter econômico, social, familiar e até clínico fazem com que muitas pessoas desistam da própria vida como maneira de acabar com seus sofrimentos. Foi esse o caso de Enke?

Doença e perdas familiares
Pelo que se sabe até então, o goleiro fico afastado dos gramados durante 5 semanas devido a uma infecção intestinal. Voltou em seguida aos treinamentos e, segundo informações de empregados do clube onde atuava, Hannover 96, aparentava estar feliz e sorridente. Mais do que uma doença, Enke também havia perdido uma filha em 2006, que com 2 anos de idade morreu devido a problemas cardíacos. Alguns jornais apontam uma possível depressão existente no atleta.

Suicídio justificado?
Seriam, ainda, motivos suficientes para o suicídio? Enke era nada mais nada menos do que uma pessoa bem-sucedida, não só no caráter econômico, mas principalmente no caráter profissional. Passara por grandes clubes como Benfica e Barcelona, por exemplo, tinha fãs espalhados pelo mundo todo (que lamentam até o exato momento), admiradores em geral, era dotado de um grande talento debaixo das traves, e fora recentemente reconhecido pelo seu trabalho (eleito o melhor goleiro da Bundesliga, o campeonato alemão, na temporada de 2008-2009). Era, também, até a saída temporária dos gramados, titular da seleção alemã, um nome certo para a Copa do Mundo de 2010, segundo declaração do técnico da seleção, o alemão Joachim Loew.

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Mas se os motivos não são tão claros, por que ele fez isso?
É complicado saber ao certo se Enke considerou o suicídio como única saída a seus problemas particulares. O fato é que o goleiro não vivia um momento psicológico bom, podendo ser o seu suicídio uma ação tomada de modo imprudente. Enke havia adotado uma menina de 8 meses e declarado que sua razão de viver retornara. Seria verdade?

Considerações
Pessoas famosas e talentosas, em especial, servem como fonte de inspiração para muita gente, e suas ações, embora passíveis de compreensão, devem ser pensadas com a maior cautela possível. O suicídio pode ser uma solução para quem o pratica, porém como não vivemos sozinhos, de alguma forma o que fazemos afeta direta ou indiretamente muitas pessoas. Imaginem como está agora a esposa de Enke, como sua filha adotiva crescerá sem o apoio de um pai e como seu fã deverá ir ao estádio, já que seu principal personagem está ausente do espetáculo? Que Enke descanse em paz.